Uma liminar é uma decisão judicial provisória, que pode ser concedida em situações de urgência, antes que a questão seja resolvida definitivamente. Ela serve para garantir direitos que, caso não sejam assegurados imediatamente, poderiam causar prejuízos irreparáveis. No caso de um plano de saúde, uma liminar pode ser concedida, por exemplo, para autorizar um procedimento que foi negado pela operadora.
Para ingressar com um pedido de liminar, é preciso entrar com uma ação judicial contra a operadora do plano de saúde. Nessa ação, é necessário apresentar provas que justifiquem a urgência da concessão da liminar. Isso pode incluir laudos médicos, exames, relatórios, e outros documentos que comprovem a necessidade do procedimento. Caso a liminar seja concedida, a operadora do plano de saúde fica obrigada a cumprir a decisão imediatamente, sob pena de multa.
Uma das principais vantagens de uma liminar é a rapidez com que ela pode ser concedida. Em casos de urgência, em que a demora pode ser prejudicial para a saúde do paciente, a liminar pode ser a solução mais adequada. Pois a liminar pode garantir a rápida cobertura dos procedimentos que foram negados pelo plano de saúde. Por fim, a liminar pode ser uma forma de pressionar a operadora do plano de saúde a cumprir com suas obrigações, evitando a necessidade de uma ação judicial mais longa.
Para dar entrada em uma liminar contra o seu plano de saúde, é necessário contratar um advogado especializado em direito da saúde. Ele irá analisar o caso e orientar o paciente (usuário) sobre os documentos necessários e os procedimentos a serem seguidos. O advogado também irá apresentar a ação judicial e acompanhar o processo até que a liminar seja concedida.
A liminar contra o plano de saúde pode ser concedida em diversas situações previstas na lei, como por exemplo, para garantir o acesso à saúde, quando há risco de vida ou grave lesão ao paciente. Além disso, também pode ser concedida em casos de urgência, quando é necessário evitar prejuízos irreparáveis ou garantir a efetividade de uma decisão judicial.
No entanto, é importante destacar que a concessão de liminar depende de análise criteriosa do caso concreto e das circunstâncias envolvidas. Cada situação deve ser avaliada individualmente e de forma imparcial, buscando sempre garantir a proteção dos direitos envolvidos
Não. A liminar é uma decisão provisória, que tem como objetivo garantir a proteção de um direito ou evitar prejuízos irreparáveis enquanto o processo segue seu trâmite. Após a concessão da liminar, o processo segue seu curso normal e a decisão final será tomada pelo juiz após análise de todos os elementos apresentados pelas partes. Portanto, a concessão da liminar não é uma decisão definitiva do juiz, mas sim uma medida de urgência que pode garantir a efetividade da tutela jurisdicional.
Não há um prazo definido por lei para que o juiz analise uma liminar. O tempo para a análise depende da complexidade do caso, do volume de processos que o juiz tem em sua vara, entre outros fatores.
No entanto, é importante ressaltar que a concessão de liminar tem como objetivo garantir a proteção de um direito ou evitar prejuízos irreparáveis, portanto, é esperado que o juiz analise o pedido com urgência e tome uma decisão o mais rápido possível. Em casos de urgência, é possível solicitar a priorização do processo.
Contudo, é comum a análise em até 48h, levando até mesmo alguns poucos dias, caso não seja risco de morte.
Após a análise da liminar pelo juiz, ele pode tomar uma das seguintes decisões:
É importante destacar que a concessão ou negação da liminar é uma decisão provisória, que pode ser alterada ao longo do processo. A decisão final será tomada pelo juiz após análise de todos os elementos apresentados pelas partes.
A negação da liminar não significa que o processo irá demorar necessariamente. Na verdade, a concessão ou negação da liminar não interfere diretamente na duração do processo como um todo.
Se o juiz negar a liminar, significa que ele não verificou a presença dos requisitos necessários para a concessão da liminar, mas isso não significa que o direito pleiteado pelo requerente não seja válido. O processo seguirá seu trâmite normal, com a análise de todas as provas e argumentos apresentados pelas partes, até que uma decisão final seja tomada pelo juiz.
Assim, é importante lembrar que a decisão sobre a liminar é uma decisão provisória, que pode ser alterada ao longo do processo. O importante é apresentar todas as provas e argumentos que possam ajudar na proteção do direito pleiteado, para que o juiz possa tomar a decisão mais justa e adequada ao caso.
Caso o juiz defira a liminar, o prazo para o seu cumprimento depende das especificidades de cada caso e das condições estabelecidas pelo próprio juiz. Em geral, o prazo para o cumprimento da liminar é estipulado pelo juiz quando ela é deferida.
Em casos urgentes, como os de saúde ou segurança pública, o juiz pode estabelecer um prazo mais curto para o cumprimento da liminar.
Via de regra, os juízes fixam prazo e estabelecem multa para o caso de descumprimento da decisão, que pode ser aumentada, para que seja efetiva a medida. Isso tudo devidamente requerido e acompanhado pelo advogado do autor. Daí a importância de um bom e especialista advogado.
Sim, a operadora do plano de saúde pode tentar revogar a liminar concedida pelo juiz. Para isso, ela pode entrar com um recurso contra a decisão liminar, solicitando sua revisão ou revogação.
No entanto, para que isso ocorra, é preciso que a operadora apresente argumentos consistentes e convincentes de que a decisão liminar não está de acordo com a lei ou que não se justifica diante das circunstâncias do caso em questão.
Se a liminar for revogada, o processo seguirá seu curso normal e a questão será resolvida de acordo com as demais provas e argumentos apresentados pelas partes envolvidas.
Advogados não são diferentes de médicos, dentistas e engenheiros. Muita gente se confunde nesse sentido e acha que basta procurar o advogado da esquina ou aquele parente ou amigo, que qualquer problema jurídico que possua pode ser solucionado.
Assim, lhe perguntamos, você contrataria um oftalmologista para operar o seu coração ou um ortodontista para fazer o seu tratamento de canal? Ou ainda um engenheiro ambiental para resolver o problema da infraestrutura de sua casa?
Se a resposta é “certamente que não”, a mesma coisa é na advocacia. Sua demanda judicial também só terá uma chance de dar certo! Se o advogado se atrapalhar por falta de conhecimento de causa, você perde.
Um advogado(a) especialista em saúde é que entende de ações e liminares contra planos de saúde e SUS, ele(a) é quem melhor pode lhe orientar e entregar maiores chances de trazer o êxito em sua demanda judicial que você tanto deseja.
O direito da saúde é um segmento de direito público, regido por normas de direito público, com regulação do Estado (ANS) e com proteção constitucional. Entretanto, possui normas de direito privado, que é aquele ramo do direito que rege a relação entre particulares, isto porque há uma relação contratual (um acordo entre as partes) entre o Usuário do Plano e à Operadora.
Desse modo, o ideal de um especialista em direito da saúde é que ele tenha sólidos conhecimentos em direito público bem como conhecimento em direito contratual.
Com esse ABC sobre liminares contra planos de saúde, esperamos ter lhe ajudado a entender melhor esse instrumento jurídico e como ele pode lhe auxiliar na busca por seu medicamento de alto custo ou fora do rol da ANS, bem como na cobertura de sua cirurgia, procedimento, órtese, prótese, ou tratamento domiciliar (home care).
© Copyright Dantas de Moura Advogados, 2022. All Rights Reserved. By E-box Produtos Digitais
Fale conosco!